Questão de querer.

E não importa quantas vezes você vai me derrubar.
Não me importa quantas vezes pisará em mim e me chamará de tola.
Eu sempre irei levantar.
Sempre seguirei em frente. Com o máximo de dignidade possivel.
Contra a sua vontade.

Se me encontrar

Por favor... por favor me devolva.

Liberta.

Então ele volta, com aquele sorrisinho besta na cara, com aquele olharzinho cínico, com suas íris azuis e profundas, com as suas palavras doces e ironicas, com seu corpo inspirador e sua alma suja. Ele a puxa num subito abraço. Ela permaneçe imovel. Irreal.Sentindo o falso aperto daqueles braços acalorados. Ouvindo falsas palavras sussuradas em seus ouvidos. Reprimindo os mesmos velhos impulsos de sempre.Auto controle.
Ele a gira no ar, reencontrou sua princesa, sua tola e idiota princesa. Novas palavras. Velhas ilusões. Ele a olha nos olhos, aquele mesmo olhar penetrante, um poço sem fundo. Ela não cairá novamente. Seus olhos castanhos maçantes permanessem impenetráveis. Olhos de vidro. Ela renovou a blindagem querido. Desista. Ele não desvia, sabe o que quer. Mãos na cintura, íris azuis. Um puxão lento. Ela está oca. Seca. A tola morreu querido. Ela cospe em sua cara. Um ultimo olhar de vidro. Se vira e vai embora.

Oco

Não querer nada. Não ver nada. Não desejar nada. Não sentir nada. É melhor. É mais facil.

Pé esquerdo

Dane-se... Hoje eu vou ficar exatamente onde estou. Não quero levantar. Não pretendo acordar. Continuarei no mesmo quarto escuro de portas fechadas respirando a mesma poeira de sempre. Não me banharei com fagulhas solares, e dai se o dia está bonito? O meu interior não está. Hoje as janelas não serão abertas... a luz não entrará, não brilhará... não hoje. E dai se há pessoas lá fora? Não estou afim de novas amizades... hoje não estou afim nem mesmo das velhas amizades. Hoje não estou afim das pessoas, de ninguém. Cansei. Continuarei aqui, mofando, deteriorando, nessa porcaria de quarto escuro, nessa porcaria de casa pequena, com essa porcaria de irritação, ouvindo qualquer porcaria de musica e escrevendo qualquer porcaria de coisa...Curtindo a maior fossa sem motivo nessa porcaria de dia bonito. Nessa porcaria de vida.

She is

Agora ela descobriu... ela tem certeza que descobriu. Era tão obvio que chegava a ser ridículo. Como não havia pensado nisso antes? ... Imbecil. Burra. Estúpida. Qual é o grande problema? Porque ela não conseguia entender o mundo a sua volta do jeito que ele era?
Talvez por que ela projetou um mundo a sua volta antes de conhecer o real. Talvez porque ela ja tinha passado a acreditar no seu mundinho perfeito. As vezes uma mentira soa tão bem que o próprio autor passa a acreditar na mesma. Já podia até mesmo nomear a situação "A criatura voltando-se contra o criados, parte 2." Tonta. deixar-se levar por uma coisa tão... tão obvia... Porque, é claro que, quando tudo está perfeito demais, nó devemos esperar por um desastre não é mesmo? Uma catástrofe. Uma tsunami. Um dilúvio. Inocente.

Ah,

Ele só queria entender o valor das coisas que tem... que tinha, antes de qualquer possibilidade de perdê-las. Ele só queria saber o que as pessoas desejavam dele, antes de estragar tudo. Só queria ter uma chance, e perceber que recebeu a mesma antes de errar novamente. Ele só queria que o tédio terminasse, que a solidão o esquecesse, que o dia começasse, que o dia terminasse. Ele queria alcançar o impossível. Mas ele não via de que forma isso seria possível.
Talvez ele só precisasse ... ah, tanto faz.

Falcatrua

Ele(a) vai dizer que te ama.
E você vai acreditar.

Fato

Não é a solidão, nem o tédio, nem tudo o que minha mãe ensiste em jogar na minha cara. É essa porcaria de falta de ideias que me irritam.

Graça real

Talvez nem tudo deva mesmo sair como o planejado.
Erros.
Inconstância.
Vai ver essa é a verdadeira graça da vida.

Devaneios.

Vejo casais passeando pelas ruas. De mãos dadas. E então meu estomago embrulha, e eu sinto um bolo na garganta. Um vazio estúpido.
Porque?

Talvez porque vocês devessem ver além do rosto bonito.
E o pior de tudo é que eu nem sei mais como está meu próprio estado emocional.
Mas não se preocupe, e nem perca tempo me perguntando se eu estou bem.
Sempre saberei mentir. E muito bem.

Madrugada

*Shhhhhhh! o bebê acabou de dormir!*
*Shh? Mas eu nem tô fazendo barulho Ju...*
*Ah não Rogério? Tem certeza?*
*Amor! Que isso! vem deitar aqui vem, você precisa descançar um pouco...*
*Amor? AMOR? Agora é amor né! Mas na hora de levantar pra trocar fralda, esquentar mamadeira, dar remédio o amor some não é "Rô" !*
*Que isso Maria Julia? Eu não to fazendo nada poxa *
*Exatamente Rogério! você não está fazendo nada, absolutamente N-A-D-A é esse o problema! Eu faço tudo por aqui*
*Ah Julinha, vem descançar, você anda estressada demais, vem...*
*Estressada Rogério Alberto? Estressada? *
*Amor, vem deitar...*
*Vai dizer que eu to mentindo agora? É só o que faltava né! Eu lavo, passo, cozinho, cuido do jardim...*
*Maria Julia...*
*Limpo a varanda, faço compras...*
*Amor...*
*Tenho que aturar a sua mãe toda vez que ela resolve dar uma "passadinha" aqui, olhando com cara de nojo pra tudo o que eu faço, com cara de desaprovação pra casa toda...*
*Juli...*
*E você acha que é facil? Acha Rógerio? Todo mundo reclamando, me dizendo como fazer tal coisa dentro da minha própria casa, me tratando com despreso...*
*Querid...*
*QUE FOI ROGÉRIO?*
* O bebê acordou*

Escreva.

* Escreva, vamos, escreva!*
 Esse era o único pensamento que ele tinha em frente a folha pautada completamente em branco
*Vamos, qual é, não é tão dificil assim ter uma ideia boa!... Tudo bem, pode ser uma ruim mesmo, não importa, vamos, escreva, agora!*
 Uma chicara de café, duas chicaras, três... perdera a conta, que horas são mesmo? Ah, tanto faz... a vida tanto faz, eu tanto faço, você tanto faz. O mundo não irá parar, não dará por nossa falta, somos insignificantes mesmo não somos?
*Vamos! Droga!, Uma ideia, uma mísera ideia! O que custa? Preciso escrever, vamos!*
As ideias faltam, os sentimentos faltam, as pessoas faltam, voce me falta.
*Preciso de mais café...Que barulh...chuva? Quando começou a chover? Preciso de um cigarro.Não, eu não preciso de um cigarro, preciso de café, posso sobreviver com apenas um vicio. Droga. Mantenha o foco, escreva, agora!*
O barulho reconfortante dos pingos d'agua, acalmam, acalentam. ele poe uma música baixa pra tocar, qualquer música, qualquer ideia serve.
*Ah, qual é! agora voce pode me dar uma ideia, a musica sempre funciona não é mesmo? Vamos, qualquer coisa.*
Não funciona. Um bloqueio denovo, falta de ideias, falta de inspiração, falta de voce.
*Preciso escrever, pelo amor de Deus, preciso escrever alguma coisa, qualquer porcaria!*
Uma música, duas, três...mais café por favor, apenas um vicio, mantenha o foco. Nada. Ele desiste. Escreve um nome na folha. desenha algo. mais palavrões. Larga a caneta sobre a folha rabiscada. Dane-se. Nada vai dar certo.

2010

eu esperava muito mais de você.

Flores Inconstantes.. Tecnologia do Blogger.