Finais felizes...

Sim, eles até existem, nos contos de fadas, quando depois de um puta sofrimento o casalzinho encantado vive feliz pra sempre. Porém nós, seres humanos, preferimos invariavelmente parar na fase do puta sofrimento, achando que não tem mais jeito.

Trauma de infância.

Gosto desses peixinhos, coloridos, pequeninos, não fazem sujeira alguma, e principalmente, de qualquer forma eu não vou conseguir nem que queira mata-los.
Essa é a vantagem deles serem de mentira.
Não causarei nenhum sofrimento a eles, como causei a todas as coisas que eu tentei criar.
Lembro-me de uma vez, em que ganhei dois peixinhos alaranjados num shopping, numa exposição de cachorros. Eram bonitinhos...eram.
Primeiro, o maiorzinho, mordeu o pequenino até que ele morresse. Depois, eu e minha total falta de coordenação consegui jogar o que sobrou no ralo da pia da cozinha ao tentar trocar a agua do aquário. Bem, quem sabe, ele não conseguiu chegar no rio e viveu feliz para sempre.
Minhas experiências desastrosas com coisas vivas não se resumem a fauna, se estendem a flora também.
Nunca consegui manter uma mísera plantinha viva por mais de uma semana.
Violetas, rosas, espécies desconhecidas da minha mãe, nada, nenhuma sobreviveu em minhas mãos.
A ultima tentativa de criar algo do tipo foi aos 7 anos, quando insisti para meu pai comprar um vazinho de musgo pra mim, num supermercado.Ele me parecia agradável, principalmente pelo fato de que ninguém compra musgos. E, uma semana depois, puf! morreu. Sim, até um Musgo, que não precisa de quase nada pra sobreviver, eu consegui matar.
Foi ai que desisti de criar coisas pequenas e sensíveis.
Espero sinceramente algum dia encontrar algo vivo e sensivel, que não seja meu cachorro (o unico fiel sobrevivente) que se mantenha assim por muito tempo ao meu lado.
E também espero que o peixinho tenha mesmo sido feliz pra sempre.

Quando a gente realmente gosta.

E então ela o viu. Era mais alto que ela, cabelos lisos, curtos, de um tom castanho mel, pele alva, muito alva, olhos castanhos puxando para o verde, bom porte. "Um conjunto bonito", pensou ela "Mas... um tanto artificial..." completou.

Durante o dia ela o observava, discretamente, era uma bela vista, ela pensava. De vez que quando ele a olhava, de relance, como quem apenas estivesse levando os olhos para passear no ambiente.
Era assim, uma relação inexistente, um nada.
Mas com o tempo o nada foi se transformando. Ela, já não era tão discreta, e ele, demorava-se mais no "passear os olhos".
Era assim, uma relação quase inexistente, um quase nada. Mas que tem o dom sabe que aquela velha frase "os olhos são as janelas da alma" contém um pequeno erro, pois os olhos, na verdade, são as portas da alma. Muito se descobre sobre uma pessoa, quando se tem o dom. E eles tinham.
A cada dia, eles se descobriam, se desvendavam, aprendiam mais um sobre o outro, e gostavam do que viam, ah, como gostavam!
Era assim, uma relação sem palavras, mas que muito conseguia dizer.
Aquela relação inexistente, se transformou de uma forma singela, bonita, mesmo sem palavras, ela já poderia dizer que o conhecia profundamente, cada medo, cada alegria, cada desejo, cada sentimento, e ela sabia que ele também a conhecia, cada canto da sua alma ele já havia explorado.
E ela gostava disso.
Uma relação sem palavras. Uma linda relação sem palavras.
Era diferente, um sentimento que até então ela nunca havia experimentado, e ela estava adorando senti-lo. Não era desejo, cobiça, nem nenhum desses sentimentos fúteis bem conhecidos de toda a humanidade, era algo simples, porém profundo, uma vontade de cuidar, de faze-lo feliz, de proteger. E ela sabia que ele também queria isso, seus olhos lhe falaram.
E então, vieram as palavras.
Ah, como era bom lê-las, ouvi-las!
Tímidas, vindas em frases curtas, palavras simples, de uma forma que lhe agradavam.
E ela gostava mais e mais disso.
Um dia, ela não encontrou o seu olhar. Seu dia não foi o mesmo. Estava triste, nublado apesar do sol. E ela sentiu que algo estava para acontecer. Ela não o via mais todos os dias como antes. passava as manhãs ansiosa, esperando noticias, que não chegavam. Seus dias felizes diminuiram, seu olhar ansiava encontrar o dele, e quando encontravam, ela via que o dele sentia o mesmo.
Ambos ansiavam pelos dias felizes.
E então, ela soube, não por ele, por uma amiga em comum, o porque das suas ausências, o porque da raridade inconveniente de seus dias felizes. No fundo ela já sabia, a alma dele já havia tentado lhe contar, mas talvez a sua não quisesse ter ouvido. Ele não estava bem.
Ela temeu por ele.
Porém, ao contrário do que muitos fariam, seu lindo sentimento desconhecido da humanidade só se fez aumentar a cada dia. Ela ansiava mais e mais poder dele cuidar, poder faze-lo feliz.
E aos poucos, seu dias felizes foram diminuindo, mais e mais.
Quando aconteciam, na maioria das vezes as almas compartilhavam apenas o medo, o medo silencioso que insistia em comparecer.
Eles temiam.
E então, novamente ela soube, não por ele, mas por uma amiga, que seus dias felizes provavelmente não aconteceriam mais. Ele havia piorado, e ela, provavelmente não o veria mais. E seu lindo sentimento só se fazia aumentar...
Restavam então, apenas ler as palavras simples, que eram escritas em poucas horas de algumas noites que ficavam felizes quando ele conversava com ela.
E, mesmo sem poder ver seus olhos, ela conseguia sentir a sua alma, e sabia que ele sentia a dela.
Com o tempo, as horas foram diminuindo, o contato foi ficando mais raro, mais dificil.
Passaram se os meses.
E então, um dia, ela soube o porque de sua alma andar tão triste aparentemente, sem motivo...Ele havia partido. Não haveriam mais dias felizes, nem palavras simples, nem olhares cúmplices, nem almas compartilhadas.
Durante algum tempo, seus dias foram cinzas, ela não pensava em nada, não sentia nada.
Até que ela sentiu a presença dele, a alma dele havia vindo a visitar.
Os dias felizes voltaram. Ela sabia que ele estava bem agora, era apenas isso o que importava.
E ela descobriu, que não importava onde, nem como, eles sempre estariam juntos.

Em memória, W.

Hernanes escreve...

...de ponta cabeça num canto de folha:

"Hj o dia foi fo**,
mas apesar de tudo
eu sei que vai passar,
até pq o Hernanes
ta sempre do meu lado :)"


Ps.:não consegui por a foto da mesma aqui. Mas ta valendo. E, ãh, obrigada.



Um trecho da manhã que o menino verde não gostou.


7h55min. 1° alula de matemática, correção de exercícios de trigonometria, seno e outras coisas mais que eu por acaso não fiz na aula passada "E", acabo de descobrir como odiar as duas pessoas que mais importavam pra mim no quesito amizade. Uma simples merda a qual devemos chamar de trabalho de SIC ( outra matéria de merda) conseguiu acabar com tudo que foi construido em mais de um ano...bem mais. Isso me faz questionar o quanto as pessoas realmente são verdadeiras conosco no dia-a-dia. Talvez elas sempre fossem assim, e eu, claro, como sempre, só encherguei agora. Bem, pelo menos dessa vez eu encherguei.
Descobrimos quem são nossos amigos nas horas difíceis, nas horas em que precisamos do apoio deles pra alguma coisa, pra qualquer coisa.



.
.
.

Flores Inconstantes.. Tecnologia do Blogger.